O objetivo do encontro é a elaboração de uma proposta de oferta, no campo, de ensino de nível médio integrado ao profissionalizante e à educação de jovens e adultos. A 2ª Oficina sobre Ensino Profissional Integrado do Campo, coordenada pelas secretarias de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad/MEC) e de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC), apresentará novos métodos a serem adotados a partir do segundo semestre deste ano.
A intenção é elevar a taxa de escolarização em áreas rurais e, a longo prazo, promover a emancipação do campo em relação à área urbana. Dentre as propostas apresentadas, está a de ensino médio profissionalizante de quatro anos voltado para a produção agropecuária, com ênfase em agroecologia. De acordo com Ana Laurenti, consultora da coordenação-geral de educação no campo do MEC, essa opção atende a demanda dos pequenos produtores rurais.
“Historicamente, as escolas técnicas agrícolas preparam técnicos com conhecimentos aplicáveis a grandes fazendas e agroindústrias”, explicou. De acordo com a especialista, a nova modalidade é mais adequada à agricultura familiar, por ensinar técnicas que exigem menos insumos e equipamentos para o plantio.
Estão previstas, ainda, opções de ensino profissionalizante não necessariamente voltadas para atividades agrícolas. “Queremos formar pessoas para atender às necessidades da área rural, mas isso não significa que elas tenham de atuar no campo”, disse Ana Laurenti. As áreas podem ser as de turismo e saúde, por exemplo.
Até o fim da tarde desta terça-feira, 19, será elaborado documento que norteará as ações educacionais do ensino médio em área rural. Participam da oficina professores e técnicos de instituições, organizações e movimentos sociais com experiência em projetos de escolarização, técnicos da Secad, da Setec e da Secretaria de Educação Básica (SEB/MEC).
Ana Guimarães